Arquitetura no Egito Antigo: características, tipos de construções e mais

Arquitetura no Egito Antigo: características, tipos de construções e mais

Arquitetura no Egito Antigo: veja suas características principais, simbolismos e funções dessas obras faraônicas

O Egito, assim como a Mesopotâmia, desenvolveu-se como uma sociedade hidráulica, e sua estrutura política, econômica, social e religiosa esteve ligada à dinâmica do Rio Nilo, com suas cheias e vazantes. Mas, para além desses aspectos, a região é também conhecida por sua arquitetura icônica e singular. 

A arquitetura do Egito antigo é um testemunho da engenhosidade e do legado de uma das mais fascinantes civilizações da humanidade. Caracterizada por sua monumentalidade, simbolismo e durabilidade, esta arquitetura desempenhou um papel crucial na vida religiosa, política e social dos egípcios.

O conhecimento mais aprofundado sobre a arquitetura envolvida nas construções egípcias não só proporciona um maior entendimento sobre a cultura, crenças e características dessa sociedade, como auxilia a resolver questões de vestibulares mais conteudistas, que exigem dos candidatos conhecimentos mais específicos. 

Este artigo fornece repertório amplo que abarca temas como funções da arquitetura no Egito antigo, materiais e técnicas, tipos de construções e características gerais envolvendo essas obras faraônicas. Continue lendo e, ao final, confira uma questão sobre o tema com gabarito comentado.

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Contexto histórico e períodos

O Egito antigo floresceu ao longo de mais de três milênios, desde o período pré-dinástico (aproximadamente 3100 a.C.) até a conquista romana em 30 a.C. A arquitetura estava profundamente interligada à religião e à política, refletindo a crença na vida após a morte e a adoração dos deuses. Cada faraó buscava deixar sua marca por meio de construções que exaltassem seu poder e eternizassem sua memória.

Os estudiosos e especialistas no assunto costumam dividir a história do Egito em três fases. Veja abaixo quais foram.

Alto Império (3200 a.C. – 2300 a.C.)

Esse período foi caracterizado por uma forte religiosidade, estabilidade e paz. Foi nesse contexto que as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos foram construídas. No entanto, ao final dessa era, o poder dos chefes locais, conhecidos como nomarcas, aumentou significativamente, superando a autoridade do faraó. Esse processo resultou na descentralização política do Egito.

Médio Império (2000 a.C. – 1580 a.C.)

Período em que houve uma luta entre o faraó e os nomarcas, seguido de uma tentativa de recentralização do poder e reunificação do império. Foi um processo vitorioso para o faraó, mas o Egito foi invadido por outros povos, como os hicsos. A dominação estrangeira despertou um sentimento de unidade  e militarismo nos egípcios. Por fim, conseguiram expulsar os estrangeiros e unificar o império.

Novo Império (1580 a.C. – 525 a.C.)

Esse período foi marcado por conflitos entre os faraós e os sacerdotes. Entre 1377 e 1358 a.C., o faraó Amenófis implementou uma Reforma Monoteísta, mas acabou derrotado pelos sacerdotes, que coroaram um novo faraó: Tutankhamon. 

Seguiu-se uma sucessão de faraós, acompanhada por um longo período de conquistas militares e grande esplendor. Contudo, no final dessa era, o Egito sofreu sucessivas invasões. Pelos assírios, em 662 a.C., pelos persas em 525 a.C. e, posteriormente, pelos gregos, macedônios, muçulmanos e romanos.

Características, funções e significados da arquitetura egípcia

A arquitetura egípcia é amplamente reconhecida por sua monumentalidade, precisão geométrica e forte simbolismo. Cada construção era planejada para cumprir uma função prática ou espiritual, refletindo os valores, crenças e avanços técnicos da civilização.

As construções impressionam pelo tamanho e robustez. Essa monumentalidade simbolizava o poder dos faraós e a conexão divina entre o governante e os deuses. Para garantir a perpetuidade dessas obras, materiais duradouros, como granito e calcário, eram usados em templos e pirâmides. Um bom exemplo é a Grande Pirâmide de Gizé, construída para o faraó Quéops.

A arquitetura egípcia seguia também um planejamento rigoroso, com simetria e alinhamento axial predominando. As edificações principais eram organizadas em eixos que se alinhavam aos pontos cardeais ou à orientação solar, refletindo a ordem cósmica.

Embora a arquitetura grandiosa seja a mais conhecida, a funcionalidade era uma preocupação central. As habitações e palácios, feitos de adobe, eram construídos para atender às necessidades do cotidiano e proteger os moradores das altas temperaturas. Pátios internos e janelas estrategicamente posicionadas permitiam a circulação de ar.

O simbolismo, outro ponto relevante para os egípcios, permeava cada detalhe arquitetônico. As formas geométricas, como a pirâmide, representavam conceitos espirituais, como a ascensão ao céu. 

A lei da frontalidade, originalmente aplicada às representações artísticas, também influenciava a arquitetura. Essa regra enfatizava a clareza e a simetria, garantindo que as edificações fossem compreendidas visualmente como perfeitas e equilibradas.

Materiais e técnicas

Naquele contexto, utilizava-se materiais disponíveis localmente, adaptando-se às condições hostis do deserto. A pedra, especialmente o calcário e o granito, era reservada para construções monumentais, como templos e tumbas, devido à sua durabilidade. 

O adobe, feito de argila e palha, era usado em habitações e estruturas menores, enquanto a madeira, mais escassa, era destinada a móveis e detalhes decorativos.

As técnicas empregadas eram impressionantes para a época. Grandes blocos de pedra eram extraídos, transportados por meio de trenós e rolos, e posicionados com precisão. 

O uso de rampas de terra e cordas permitia erguer as enormes estruturas, e ferramentas simples, como serras, cinzéis de cobre e, sobretudo, o uso da força humana permitiam a construção dessas obras imponentes.

Tipos de construções

As mastabas, túmulos retangulares de adobe ou pedra, eram destinados a nobres e altos funcionários. As pirâmides, que serviam como grandiosos túmulos para os faraós, simbolizavam sua ligação com os deuses. Os hipogeus, túmulos subterrâneos esculpidos em rochas, eram usados sobretudo para proteger as câmaras funerárias de saqueadores. 

Os obeliscos, por sua vez, eram monumentos altos e esculpidos em uma única rocha, homenageando os deuses. E as esfinges, como a de Gizé, representavam figuras mitológicas, unindo corpo de animal e cabeça humana, simbolizando força e sabedoria.

Questão sobre o assunto

(UFMS)

Sobre a arte egípcia, é incorreto afirmar:
A) As grandes manifestações da arquitetura egípcia foram os magníficos templos religiosos, as pirâmides, os hipogeus e as mastabas.
B) Na pintura, as figuras eram representadas com os olhos e ombros em perfil, embora com o restante do corpo de frente.
C) A escultura egípcia obedecia a uma orientação predominantemente religiosa. Eram numerosas as estátuas esculpidas com a finalidade de ficar dentro de túmulos. A escultura egípcia atingiu seu desenvolvimento máximo com os sarcófagos, esculpidos em pedra ou madeira.
D) A cultura egípcia foi profundamente marcada pela religião e pela supremacia política do faraó. Esses dois elementos exercem grande influência nas artes (arquitetura, escultura, pintura, literatura) e na atividade científica.
E) A gradação, a mistura de tonalidades e o claro-escuro não eram utilizados

Resolução
A principal característica da pintura egípcia é a frontalidade do corpo e dos olhos e a lateralidade dos membros superiores e inferiores. Essa técnica era utilizada como forma de valorização do corpo humano e também como forma de transmitir a ideia de movimento para quem visse a pintura.

Gabarito: B

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