Redação do Enem: veja os erros mais comuns da Competência 3
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Redação do Enem: veja os erros mais comuns da Competência 3

A nota mil vem! Falamos sobre a redação do Enem e a competência 3, focada na coerência da argumentação. Confira os erros mais comuns abaixo

Com a proximidade do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), preparamos algumas dicas para você alcançar a aprovação na instituição dos seus sonhos. O texto abaixo faz parte de uma série que mostra os erros mais comuns em cada uma das cinco competências da redação do enem.

Falamos já sobre a competência 1, “Domínio da escrita formal da língua portuguesa” e também da competência 2, que exige que o aluno consiga “Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa”.

Acompanhe abaixo mais detalhes sobre a competência 3 do Enem e o que você pode fazer para ter um ótimo desempenho nela também. Com as dicas do Estratégia Vestibulares você vai ficar mais perto da tão sonhada nota mil. Vamos lá?

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Confira também os outros textos da série:

Competência 1 da redação do Enem;
Competência 2 da redação do Enem;
Competência 4 da redação do Enem; e
Competência 5 da redação do Enem.

O que se espera da Competência 3 da redação do Enem?

Na competência 3, espera-se que o aluno consiga “Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista”.

Segundo a professora Carol Mendonça, aqui falamos de coerência. “É a maneira como você escreve que comprova que as ideias realmente agregam uma à outra. Os argumentos precisam crescer em relação à força e a persuasão, ao convencimento”.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibiliza a cartilha de redação do Enem, em que algumas recomendações oficiais são passadas sobre a competência 3:

  • A partir do tema apresentado na prova de redação, defina qual será o ponto de vista que você vai defender em seu texto;
  • Reúna todas as ideias que lhe ocorrerem sobre o tema e depois selecione as que forem pertinentes para a defesa do seu ponto de vista, procurando organizá-las em uma estrutura coerente para usá-las no desenvolvimento do seu texto;
  • Verifique se informações, fatos, opiniões e argumentos selecionados são pertinentes para a defesa do seu ponto de vista;
  • Na organização das ideias selecionadas para serem abordadas em seu texto, procure definir uma ordem que possibilite ao leitor acompanhar o seu raciocínio facilmente, o que significa que a progressão textual deve ser fluente e articulada com o projeto do texto;
  • Examine, com atenção, a introdução e a conclusão, para ver se há coerência entre o início e o fim. Também observe se o desenvolvimento de seu texto apresenta argumentos que convergem para o ponto de vista que você está defendendo;
  • Evite apresentar informações, fatos e opiniões soltos no texto, sem desenvolvimento e sem articulação com as outras ideias apresentadas.

A competência avalia a coerência que é refletida no planejamento prévio à escrita da redação. A organização é estratégica e ajuda na argumentação passada, indo desde a ordem apresentada, até na linguagem colocada ao longo do texto.

Portanto, a defesa do ponto de vista passa por uma estrutura sólida, segundo Carol. “A competência vai analisar se o que você apresentou tem a ver com sua tese e se você manteve esse desenvolvimento, até chegar na conclusão. No final, qualquer pessoa que lê a sua redação pode realmente se identificar e concordar com o que você está dizendo”.

Vale ressaltar que há limitação no número de linhas, portanto, deve-se tomar cuidado com informações excessivas ou até mesmo irrelevantes e repetidas. Veja abaixo como funciona a atribuição de pontos nesse eixo da avaliação da banca:

200 pontosApresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, em defesa de um ponto de vista.
160 pontosApresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista.
120 pontosApresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, em defesa de um ponto de vista.
80 pontosApresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, mas desorganizados ou contraditórios e limitados aos argumentos dos textos motivadores, em defesa de um ponto de vista.
40 pontosApresenta informações, fatos e opiniões pouco relacionados ao tema ou incoerentes e sem defesa de um ponto de vista.
0 pontoApresenta informações, fatos e opiniões não relacionados ao tema e sem defesa de um ponto de vista.
Fonte: Inep

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Em suma, a competência precisa desenvolver as ideias com “explicitação, explicação ou exemplificação”, segundo a cartilha do Inep, “sem repetições desnecessárias ou saltos temáticos”.

A perda de pontos, nesse caso, está relacionada a apresentação de fatos irrelevantes ou que não fazem sentido com a temática, além de um conteúdo que não apresenta um ponto de vista, ou o trata de forma desorganizada. Dá só uma olhada nas dicas que a Carol Mendonça comentou para você não perder ponto algum nesta competência da redação do Enem.

Três erros comuns na competência 3 da redação do Enem

Como na competência 3 estamos falando sobre coerência e evolução argumentativa, aqui avaliamos como o texto se desenvolve quando a tese é apresentada. Confira os erros levantados pela Carol:

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Erro 1: fugir do gênero textual dissertativo-argumentativo

Carol pontua que o gênero dissertativo-argumentativo não pode conter interlocução, ou seja, uma conversa direta com quem está lendo. Isso pode inclusive fazer com que a redação seja zerada. Confira o exemplo abaixo:

“Primeiramente, observa-se que empreender sem refletir sobre as demandas necessárias para abrir SEU negócio pode ser desastroso” — ERRADO. O correto aqui seria “…para abrir UM negócio”, retirando a interlocução.

Usar pronomes e conjugações verbais que fogem da dissertação, como primeira pessoa, é um dos erros que não podem acontecer. Nesse caso, o tratamento do assunto se torna algo subjetivo e pessoal, o que compromete a argumentação, que deve ser objetiva.

O uso de elementos textuais pertencentes a outros gêneros textuais, como citado acima, deve ser evitado, como o uso de rimas e separações silábicas, voltadas para construções poéticas ou o uso de travessões para introduzir diálogos, como em prosas.

Erro 2: escolher um especialista que não seja especialista no assunto ou não fortaleça o argumento da redação

“Se for um especialista aleatório, melhor nem colocar”, resume Carol. Ou seja, ao inserir uma frase de um terceiro, certifique-se de que a pessoa trará mais brilho à sua redação, além de fazer sentido de acordo com o tema proposto.

Não seria relevante usar uma frase de Gandhi, por exemplo, em um tema que remeta ao Brasil, pela distância do local de fala que o personagem teria com a abordagem necessária. Mas ele poderia ser incluído em uma redação que abordasse temas como cultura de paz ou luta anticolonialista.

Erro 3: não conectar a frase do especialista ao argumento proposto

Ao escolher uma citação ou alusão histórica, é necessário conectá-la à argumentação apresentada. Se isso não for feito, a redação terá um erro grave, já que ela ficará incoerente.

No exemplo Carol apresenta a seguinte frase, de Henry Ford, em uma redação com empreendedorismo como tema: “negócios que crescem pelo desenvolvimento e melhora não morrrem”.

Entretanto, ao longo do texto, a redação não desenvolve os temas “desenvolvimento” e “melhora”, já que a autora trata sobre outros assuntos, também pertinentes, mas que não se conectam, como “pesquisa” e “planejamento”, em cima da demanda de um negócio.

“Desenvolvimento e melhora da sociedade, do mundo, da terra, da vida. Na opinião de Henry Ford, que com certeza é uma especialista, um negócio com 100% de garantia de durabilidade é um negócio que proporciona melhoria social e ela não tem nada a ver com o restante do parágrafo (da redação)”, segundo a professora. 

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