Regra do hífen: veja como funciona e exemplos de uso

Regra do hífen: veja como funciona e exemplos de uso

Veja caso a caso como funciona a regra do hífen, suas exceções e exemplos práticos para melhor compreensão do sinal gráfico

A regra do hífen passou por mudanças no chamado Novo Acordo Ortográfico, vigente no país de forma obrigatória desde 2016. A intenção era tornar a língua portuguesa mais padronizada entre os países lusófonos.

Como o hífen alterou suas regras e isso até hoje causa uma certa confusão, vamos abordar com detalhes e exemplos o assunto e como não errar mais. Confira o artigo!

O que é hífen?

O hífen (-) é um sinal gráfico que normalmente é usado para unir palavras compostas e prefixos ou falsos prefixos e radicais e verbos a pronomes, além de fazer translineação — quebra de uma palavra entre uma linha e outra — e separação silábica.

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Palavras compostas

São cinco regras que definem o uso de hífen em palavras compostas. Veja:

Justaposição

Palavras compostas por justaposição — junção de duas palavras ou radicais que formam uma terceira palavra — que não contêm elemento de ligação são separadas por hífen.

  • guarda-chuva, afro-brasileiro, tio-avô, obra-prima.

Se o termo perder a noção de composição, a palavra perde também o hífen.

  • girassol, pontapé, aguardente.

Espécies de plantas e animais

Substantivos compostos que designam nomes de animais ou plantas são pontuadas com hífen:

  • Bem-te-vi, João-de-barro, erva-doce, couve-flor.

Topônimos

Topônimos são nomes próprios de lugares, como cidades, regiões e países. São três casos: iniciados por verbo, iniciados por Grã ou Grão e elementos ligados por artigo. Ainda sim, há exceções, como Belo Horizonte e América do Sul. Veja exemplos abaixo:

  • Grã-Bretanha, Montemor-o-Novo, Passa-Quatro, Baía de Todos-os-Santos.

Encadeamentos vocabulares

São usadas em combinações históricas, como pontes, divisas, viagens, estradas e até mesmo confrontos esportivos:

  • Ponte Rio-Niterói, império Austro-Húngaro, percurso voo São Paulo-Rio de Janeiro, jogo Flamengo-Fluminense (ou Fla-Flu). 

Palavras compostas com advérbios bem e mal

No caso de mal, são três casos: mal + palavras iniciadas com H, L ou vogais. Já em bem, o hífen é aplicado em qualquer vogal ou consoante, mas existem exceções, como bendito, benfeitoria ou benquisto. Veja exemplos abaixo:

  • Mal: mal-estar, mal-humorado, mal-assombrado, mal-limpo, mal-educado.
  • Bem: bem-estar, bem-vindo, bem-criado, bem-humorado, bem-casado.
regra-do-hífen

Prefixos e falsos prefixos

Os prefixos são partículas acrescentadas ao início de um radical. Exemplos: pré, pós, super, extra, hiper, ante, contra

Já um falso prefixo é um radical que assume o papel de prefixo: agro, bio, retro, pseudo, neo, semi.

Em vias gerais, são duas regras que determinam o uso do hífen nesse caso:

Palavras iniciadas com H

Hífen diante de palavras iniciadas por H. São exceções os prefixos bi, des, ex, in e re, já que o H inicial da outra palavra é suprimido nesses casos, como inábil e desarmonia. Veja exemplos:

  • anti-higiênico, super-homem, pré-história, pós-revolução

Letras iguais

O segundo caso acontece quando as letras no final do prefixo e no início da outra palavra forem iguais. As exceções são os prefixos co, pro, pré e re, que não usam hífen nem mesmo quando esse fator existe. Exemplos:

  • contra-ataque, micro-ondas, tele-educação, arqui-inimigo, anti-inflamatório.

Outros casos

Existem também casos que sempre separam por hífen os dois elementos. Veja cada um desses abaixo.

  • Ex (sentido de “anterior”), vice, vizo, sota e soto: ex-namorada, vice-governador, vizo-rei, soto-capitão.
  • prefixos tônicos acentuados — pré, pós e pró: pós-graduação, pré-história, pró-ativo.
  • além, recém, sem e aquém: além-mar, recém-casados, sem-teto, aquém-fronteira.
  • sub diante de palavra iniciada em B, H ou R: sub-humano, sub-região, sub-brigadeiro.
  • pan e circum com a segunda palavra iniciada em vogal, H, M ou N (no caso das palavras iniciadas por H, admite-se dupla grafia, já que a supressão do H é facultativa): circum-navegação, pan-americano, pan-helênico, circum-escolar.

Sufixos

Os sufixos são elementos que formam uma nova palavra quando é acrescentado a um radical, mudando a classe gramatical. São dois casos: hífen com sufixos de origem tupi-guarani e prefixos terminados em vogal antes de palavras iniciadas por R ou S.

Sufixos de origem tupi-guarani

Quando a pronúncia exige, usa-se o hífen com sufixo de origem tupi: guaçu, mirim, açu. Exemplos

  • Ceará-mirim, jacaré-açu, anajá-mirim, amoré-guaçu.

Prefixo terminado em vogal antes de palavra com início em R ou S

Não se deve usar hífen quando o prefixo termina em vogal antes de palavras com início em R ou S. Quando há esse caso, as letras são duplicadas.

  • antissocial, contrarreforma, minissaia, ultrassom, ultrassecreto.

Colocação pronominal

As colocações pronominais indicam a posição dos pronomes átonos em relação ao verbo, resultando nas próclises, ênclises e mesóclises. Em ênclises e mesóclises, á separação por hífen

  • Ênclises: espera-se, casar-se, surpreendeu-me, chamem-nos.
  • Mesóclises: orgulhar-me-ei, dar-te-ei, esforça-me-ei.

Separação silábica e translineação

Quando há a intenção de marcar uma separação silábica, usa-se hífen.

  • ma-ra-vi-lho-sa, Ar-gen-ti-na, te-le-vi-são, im-pé-rio.

Translineação de um texto também usa-se hífen.

  • A cidade do Rio de Janeiro é maravilho-
    sa
    . […]
  • Eu morei na Argen-
    tina
    por cinco anos, […]

Caso o final da separação das palavras coincida com um hífen, ele tem que se repetir também na linha seguinte.

  • […] caiu, de repente, dos céus, o corpo do super-
    -homem
    , surpreendendo a todos que ali estavam.
  • As pinturas rupestres foram feitas na pré-
    -história
    , em períodos distintos.

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