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2025
VER HISTÓRICO DE RESPOSTAS
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Soneto de Eurydice

Eurydice perdida que no cheiro
E nas vozes do mar procura Orpheu:
Ausência que povoa terra e céu
E cobre de silêncio o mundo inteiro.

Assim bebi manhãs de nevoeiro
E deixei de estar viva e de ser eu
Em procura de um rosto que era o meu
O meu rosto secreto e verdadeiro.

Porém nem nas marés nem na miragem
Eu te encontrei. Erguia-se somente
O rosto liso e puro da paisagem.

E devagar tornei-me transparente
Como morta nascida à tua imagem
E no mundo perdida esterilmente.

ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner. Coral e outros poemas. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2018 (p. 111).

Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre este soneto e essa antologia da autora.

( ) Os versos são compostos de acordo com a métrica regular, classificando-se como redondilhas maiores.

( ) Observa-se nesse poema, assim como em outros poemas do livro, a intertextualidade com Fernando Pessoa.

( ) O sujeito poético se associa à personagem mitológica de Eurydice, em especial no que diz respeito à busca pelo inalcançável. 

( ) O verso “E devagar tornei-me transparente” representa uma das principais características da escritora: o misticismo simbolista.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
A
F – V – F – F.
B
V – F – F – V.
C
V – F – V – V. 
D
F – F – V – F.
E
F – V – V – V.