Em 11 de julho de 1917, na capa de uma segunda edição do jornal paulistano “A Gazeta” estava a seguinte manchete: “A agitação proletária extende-se por todas as fábricas – a capital paulista ameaçada de uma greve geral – Adhesões e mais adhesões – É gravíssima a situação – reuniões, meetings, conferências, desordens”. Sobre esse evento, Edgard Leuenroth, Jornalista, tipógrafo e participante do movimento, relatou “[...] Não cabe aqui a descrição de como se desenrolou aquele comício, considerado como uma das maiores manifestações que a história do proletariado brasileiro registra. Basta dizer que a imensa multidão decidiu que o movimento somente cessaria quando as suas reivindicações, sintetizadas no memorial do Comitê de Defesa Proletária, fossem atendidas”.
A Grande Greve geral de Trabalhadores do Brasil de 1917, que se iniciou em São Paulo e se intensificou após a morte do jovem José Martinez, imigrante espanhol de 21 anos que trabalhava como sapateiro e foi assassinado pela polícia paulistana, é caracterizada