Em 1829 a Comissão dos Lordes perguntou a um proeminente gerente de minas de carvão se a redução dos salários nas minas do Tyne e do Wearside podia “ser efetuada sem perigo para a tranquilidade do distrito, ou risco de destruição de todas as minas, com toda a maquinaria, e o valioso capital nelas investido”. Ele achava que não. Inevitavelmente, o empregador que se defrontava com esses riscos fazia uma pausa antes de provocá-los, com medo de que “sua propriedade e talvez sua vida (pudessem) correr perigo em consequência”. “Muito mais patrões do que se podia esperar”, notou Sir John Clapham com injustificada surpresa, apoiaram a manutenção das Leis dos Tecelões de Seda de Spitafields, porque sob elas, alegavam eles “o distrito viveu num estado de quietude e de repouso”.
HOBSBAWM apud MARQUES, Adhemar Martins. História Contemporânea através de textos. São Paulo: Contexto, 2019. p. 53.
Com base nas informações fornecidas pelo texto, pode-se compreender o movimento do operariado inglês caracterizado pela destruição das máquinas dos últimos anos do século XVIII e os primeiros do século XIX como