
Em 1922, a famosa Semana de Arte Moderna rompeu com as tradições, imortalizando artistas como Anita Malfatti e Mario de Andrade. Nesse mesmo ano, outro acontecimento, muito menos celebrado pela historiografia, também constituiu um marco importante na arte brasileira: pela primeira vez, uma mulher era premiada por uma pintura histórica, gênero artístico mais prestigiado na época. A paulista Georgina de Albuquerque recebeu o prêmio, concedido pela Escola Nacional de Belas Artes, pela pintura Sessão do Conselho do Estado. A partir do tema independência do Brasil, a artista questionava as representações do poder, ao escolher retratar uma mulher no centro de um acontecimento histórico. Em vez de retratar um evento triunfal, como a famosa tela de Pedro Américo, a obra representava um episódio diplomático no qual a princesa Leopoldina ouvia as opiniões dos membros do conselho de Estado sobre a independência.
Marina Tessitore. As artistas esquecidas pela história. In: Revista ARTE!Brasileiros, 20/4/2017. Internet: <bit.ly/2181Qg3> (com adaptações).
Considerando a pintura de Georgina de Albuquerque e o fragmento de texto apresentado, julgue o item a seguir.
Ao representar a princesa Leopoldina fora do centro da pintura, Georgina de Albuquerque atenua a importância histórica dessa personagem.