A propaganda abolicionista, com efeito, não se dirige aos escravos. A escravidão não há de ser suprimida no Brasil por uma guerra servil, muito menos por insurreições ou atentados locais. Não deve sê-lo, tampouco, por uma guerra civil, como foi nos Estados Unidos. A emancipação há de ser feita, entre nós, por uma lei que tenha os requisitos, externos e internos, de todas as outras. É assim, no Parlamento e não em fazendas ou quilombos do interior, nem nas ruas e praças das cidades, que há de se ganhar, ou perder, a causa da liberdade.
NABUCO, Joaquim. In: DOLHNIKOFF, Miriam. História do Brasil império. São Paulo: Contexto, 2021. p. 126.
Na visão do autor, a suspensão do regime escravista no país está relacionada à (ao):