AMOR LÍQUIDO
Sobre a fragilidade dos laços humanos
A era da modernidade líquida em que vivemos — um mundo repleto de sinais confusos, propenso a mudar com rapidez e de forma imprevisível — é fatal para nossa capacidade de amar, seja esse amor direcionado ao próximo, nosso parceiro ou a nós mesmos. Zygmunt Bauman, um dos mais originais e perspicazes sociólogos ainda em atividade, investiga aqui de que forma nossas relações tornam-se cada vez mais "flexíveis", gerando níveis de insegurança sempre maiores. Uma vez que damos prioridade a relacionamentos em "redes", as quais podem ser tecidas ou desmanchadas com igual facilidade — e frequentemente sem que isso envolva nenhum contato além do virtual —, não sabemos mais manter laços a longo prazo. E não apenas relações amorosas e vínculos familiares são afetados: Bauman verifica ainda que nossa capacidade de tratar um estranho com humanidade é prejudicada. Como exemplo, ele examina a crise na atual política imigratória de diversos países da União Europeia e a forma como a sociedade tende a creditar seus medos, sempre crescentes, a estrangeiros e refugiados. Sensível e brilhante como de hábito, Zygmunt Bauman faz deste Amor líquido mais que uma mera e triste constatação, um alerta revigorante.
BAUMAN, Zygmunt. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
Em relação ao texto, considere as afirmações abaixo.
I. o termo "amor líquido" alude a um conceito sobre a fragilidade das relações humanas.
II. as relações se caracterizam pela solidez com tendência ao compromisso.
III. na era da modernidade, o amor se tornou líquido e flui com vínculos afetivos estáveis.
IV. as relações via “redes” convertem-se em modelo que abrange a vida real.
É correto apenas o que se afirma em