Achille Mbembe, em Crítica da razão negra, desenvolve uma crítica ao projeto europeu de governo e conhecimento que subalternizou os povos negros, constituindo a raça como motivo de segregação e promovendo crimes e massacres ainda presentes nas sociedades ocidentais.
Estamos condenados a viver não apenas com o que produzimos, mas também com o que herdamos. Tendo em vista que não saímos inteiramente de uma mentalidade dominada ainda pela ideia da seleção entre diferentes tipos de humanos, será preciso trabalhar com e contra o passado, de tal maneira que este possa se abrir a um futuro a ser compartilhado com igual dignidade por todos. A questão da produção, a partir da crítica do passado, de um futuro indissociável de uma certa ideia de justiça, da dignidade e do em comum, eis o caminho.
MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. Trad. Sebastião Nascimento. São Paulo: n-1 edições, 2013. p. 306. (Fragmento)
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