A fotografia ganhou grande importância na segunda metade do século XIX, como forma de propaganda política das monarquias, com exceção da brasileira que continuou preferindo ser retratada em pinturas e litogravuras.

O fotógrafo anônimo de Pedro II. usou como referência a fotografia de Disderi, pois o Brasil procurava projetar-se militarmente na América do Sul, à exemplo da Guerra do Paraguai, e por Napoleão III. ter sido um grande líder militar.

Pedro II. preferia retratar-se como um mecenas ilustrado, cercado de livros, globos e demais símbolos de erudição, pondo-se como projeção de um Estado que buscava veicular uma imagem civilizada.

Como única monarquia americana, o Brasil precisou afirmar a figura do governante recorrendo à imagética da autoridade imperial inglesa, considerada máxima expressão da civilização ocidental e de poder militar.