Agravada este ano pelo fenômeno El Niño, a seca sazonal da Amazônia, que levou os rios aos menores níveis da história, atrapalha o transporte de pessoas e mercadorias num momento em que os portos das regiões Norte e Nordeste, que formam o chamado Arco Norte, respondem por mais de 37% das exportações de soja e milho, principais itens da safra nacional de grãos. Nos últimos dez anos, essa rota de escoamento mais do que duplicou sua participação na logística nacional. Os portos das regiões Sudeste e Sul formam o Arco Sul, sendo o Porto de Santos (SP) ainda a principal porta de saída de grãos. Mas a tendência é que a via no norte do país siga ganhando importância porque, quanto mais acima do paralelo 16º Sul estiver a mercadoria, mais vale a pena exportar pelo Arco Norte.


VINICIUS NEDER Adaptado de O Globo, 05/11/2023.
Em menos de duas décadas, verifica-se uma alteração logística na exportação de grãos no território brasileiro. Essa alteração é explicada, principalmente, pelo seguinte processo socioespacial: