Aprendemos, desde cedo, que as plantas são seres autotróficos que produzem o próprio alimento – os carboidratos – por meio da fotossíntese. Entretanto, existem plantas com diversas adaptações que permitem a elas utilizarem de outras estratégias para obter alguns nutrientes. Como exemplo, podemos citar a erva de passarinho (Struthantus flexicaulus) que possui caule e folhas clorofiladas, mas obtém água e sais minerais não do solo, mas do caule de outra planta, por meio de raízes haustórias, que sugam-lhe a seiva bruta ou ainda o cipó-chumbo (Cuscuta racemosa), planta desprovida de clorofila, folhas e raízes, mas que possui estruturas especiais que permitem a retirada da seiva elaborada da planta hospedeira. Outro exemplo interessante são as chamadas plantas carnívoras que, apesar de realizarem fotossíntese, conseguem atrair, aprisionar e digerir pequenos animais como complemento de sua nutrição. Embora capturem principalmente insetos, algumas plantas carnívoras podem capturar lesmas, caramujos, aranhas e até mesmo vertebrados, como pequenas aves e roedores.