Aquarela do Brasil
Brasil, meu Brasil brasileiro,
Meu mulato inzoneiro,
Vou cantar-te
Nos meus versos.
O Brasil samba que dá
Bamboleio que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra do nosso senhor
Brasil, Brasil, pra mim, pra mim (...)
BARROSO, Ary. Aquarela do Brasil. In: INFANTE, Ulisses. Textos: leituras e escritas 1. São Paulo: Editora Scipione, 2000. p. 86.
Querelas do Brasil
O Brazil não conhece o Brasil
O Brasil nunca foi ao Brazil.
Tapir, jabuti, iliana, alamanda,
Ali, alaúde,
Piau, ururau, aqui, ataúde,
Piá, carioca, porê, kamecrá,
Jobim, akarore, jobim açu, uô, uô, uô.
Pererê, camará, tororó, olerê
Piriri, ratatá, karatê, olará
O Brazil não merece o Brasil
O Brazil ta matando o Brasil
BLANC, Aldir; TAPAJÓS, Maurício. Querelas do Brasil. In. INFANTE, Ulisses. Textos: leituras e escritas 1. São Paulo: Editora Scipione, 2000. p. 87.
Compostas em contextos históricos distintos, em 1939 (“Aquarela do Brasil”) e em 1978 (“Querelas do Brasil”), as músicas fazem uma interpretação diferenciada da realidade brasileira. Nesse sentido, a música “Querelas do Brasil” constitui uma paródia que