Arthur Gobineau (1816-82), que atribuiu a si mesmo o título de conde de Gobineau, publicou o seu longo Essai sur l’inégalité des races humaines em 1853-5, reforçando a visão de raças inatas e imutáveis. No centro do seu livro estava a ideia de uma antipatia essencial entre raças e um antagonismo entre as suas capacidades intelectuais: “O europeu não pode pretender civilizar o negro, já que ele apenas será capaz de transmitir ao mulato um fragmento das suas aptidões. A cultura mista está apenas um grau mais próxima da cultura branca; a desigualdade da inteligência entre as diferentes raças está bem estabelecida”.
BETHENCOURT, Francisco. Racismos: das cruzadas ao século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. Adaptado.
Tendo em vista as formulações do pensamento social no continente europeu em meados do século XIX, pode-se afirmar que o trabalho de Gobineau se destaca pelo(a:)