Assim como a celulose, a seda também é um polímero – uma macromolécula feita de unidades repetidas. Mas, enquanto no polímero de celulose do algodão as unidades que se repetem são exatamente as mesmas, nos polímeros de proteína, isto é, nos aminoácidos, elas variam um pouco. As partes do aminoácido que formam uma cadeia polimérica são todas as mesmas. É o grupo lateral em cada aminoácido que difere. Estima–se que 80 a 85% dos aminoácidos da seda são uma sequência repetitiva de glicina–serina–glicina–alanina–glicina– alanina, que tem suas estruturas mostradas a seguir:
Uma cadeia do polímero proteico da seda tem um arranjo em ziguezague, com os grupos laterais alternando–se de cada lado. Essas cadeias da molécula de proteína são paralelas a cadeias laterais que seguem em direções opostas. Elas se mantem unidas por atrações mútuas entre os filamentos moleculares, como mostram as linhas pontilhadas. Isto produz uma estrutura parecida com uma folha plissada, em que os grupos R alternados ao longo da cadeia de proteína apontam para cima ou para baixo, e que pode ser mostrada como:
Adaptado de LE COUTEUR, P. BURRESON, J. Os botões de Napoleão: as 17 moléculas que mudaram a história. Rio de Janeiro, 2006. p. 99-108.
As principais características da seda, tais como: flexibilidade, maciez, brilho e cintilação estão relacionados à estrutura plissada, no entanto, sua resistência se deve