Atente para este poema de Ferreira Gullar, escrito em meados da década de 1960:
Madrugada
Do fundo de meu quarto, do fundo
de meu corpo
clandestino
ouço (não vejo)
crescer no osso da noite e no músculo da noite
a noite
a noite ocidental obscenamente acesa
sobre meu país dividido em classes
Convivem e confrontam-se nesse poema duas forças características da poesia de Gullar: