Atualmente a Itália e a Alemanha são dois dos destinos mais almejados pelos imigrantes que fogem dos conflitos na Síria e na África Subsaariana. No entanto, no século XIX, o fluxo migratório era bem diferente. Eram os cidadãos destes territórios europeus que buscavam refúgio e melhores condições de vida em outros lugares, principalmente no continente americano. Observe os relatos abaixo, que tratam deste contexto:
Fala anônima de um italiano para um Ministro de Estado da Itália no século XIX, em carta exposta no Memorial do Imigrante, em São Paulo.
“Que entendeis por uma Nação, Senhor Ministro?
É a massa dos infelizes? Plantamos e ceifamos o trigo, mas nunca provamos pão branco.
Cultivamos a videira, mas não bebemos o vinho. Criamos animais, mas não comemos a carne... Apesar disso, vós nos aconselhais a não abandonarmos a nossa Pátria?
Mas é uma Pátria a terra onde não se consegue viver do próprio trabalho?”
Relato feito por Robert Avé-Lallemant sobre os alemães que migraram para o Brasil, presente no livro Viagem pela província do Rio Grande do Sul (1858).
“Parece-me que os nossos bons compatriotas nesta natureza sul-americana livre, onde estão expostos a lutas peculiares contra obstáculos naturais, desenvolvem ainda mais determinação em resolver e agir… Por entre dificuldades começaram eles, mas conquistaram o solo, e os que na Alemanha eram criados tornaram-se senhores pelo direito do trabalho.”
De acordo com as informações acima, é CORRETO afirmar que: