
Ayahuasca ou chá do Santo Daime é uma bebida de origem inca, considerada sagrada, embora seja classificada como droga alucinógena pela sociedade. O uso desse chá tem permissão do Conselho Nacional Antidrogas, CONAD. Os métodos de preparo da bebida variam conforme a tradição de cada local e da ocasião em que o consumo ocorre. O processo é longo e leva quase um dia. Geralmente, durante a preparação, os talos socados do cipó mariri, Banisteriopsis caapi, juntamente com as folhas do arbusto chacrona, Psychotria viridis, são colocados para cozimento em água. As propriedades alucinógenas do chá decorrem da N, N-dimetiltriptamina, DMT, existente nas folhas da chacrona, que é decomposta no organismo pela enzima, monoaminooxidase, MAO. No entanto, a harmalina encontrada no caapi bloqueia os efeitos da enzima, deixando o alucinógeno agir de forma intensiva e prolongada. A DMT se une aos mesmos receptores do cérebro que a serotonina, um neurotransmissor. A harmalina é um estimulante do sistema nervoso central e induz temporariamente a alucinações onirofrênicas, porém esses efeitos são diferentes dos alucinógenos clássicos, não causam dependência física ou psicológica. O consumo da ayahuasca está associado a práticas religiosas utilizadas por tribos da Amazônia há milhares de anos e tem como princípio a possibilidade de contato com dimensões espirituais. Mas o uso do chá pode acarretar sensação de medo e de perda de controle, o que leva a pânico, além de desencadear quadros psicóticos permanentes em pessoas predispostas a essas doenças ou novas crises em portadores de doenças psiquiátricas, como transtorno bipolar e esquizofrenia. O uso do chá requer orientação médica.
A partir das considerações sobre os efeitos do chá Santo Daime, é correto afirmar: