Boiam leves, desatentos,
Meus pensamentos de mágoa,
Como, no sono dos ventos,
As algas, cabelos lentos
Do corpo morto das águas.
[...]
Sono de ser, sem remédio,
Vestígio do que não foi,
Leve mágoa, breve tédio,
Não sei se para, se flui;
Não sei se existe ou se dói.
[...]
O lirismo tradicional da literatura portuguesa, que cultiva em seus poemas a mágoa, a piedade e as saudades, é encontrado nos versos deste importante poeta português modernista