O Brasil foi o último país da América a acabar, oficialmente, com a escravidão em seu território. Apesar do pioneirismo das províncias do Ceará e do Amazonas, que aboliram a escravidão em 1884, o processo que levou até a assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, teve início com a Lei Eusébio de Queirós, de 4 de setembro de 1850, que proibia o tráfico de escravos para o Brasil.
Atente ao que diz o Professor Antonio Torres Montenegro a esse respeito: “Com o passar dos anos, vai-se tornando evidente que a extinção do tráfico de escravos, por si, não é suficiente para garantir um fim próximo para a escravidão. Existia, agora, o comércio de escravos entre as províncias, que começava a gerar outros problemas. Isso porque as províncias do Norte e Nordeste passaram a vender grandes quantidades de escravos para o Sul e Sudeste. [...] O Norte e o Nordeste passam, então, a adotar, crescentemente, o trabalho livre, tornando-se aos poucos, mais flexíveis em relação a um prazo imediato para o fim da escravidão do que o Sul, que tinha acabado de realizar um grande investimento na compra de escravos”.
MONTENEGRO, Antonio Torres. Reinventando a liberdade: A abolição da escravatura no Brasil. 9ª ed. São Paulo: Atual, 1989, p. 9-10.
De acordo com o texto acima, pode-se concluir acertadamente que