CARANGUEJO INVASOR AMEAÇA BIODIVERSIDADE NA ANTÁRTIDA

“O caranguejo-gigante, conhecido como “centolla” no sul do Chile, é um dos pratos mais apreciados da culinária patagônica. Portanto, o fato de que os “centollas” podem hoje ser encontradas em uma região cada vez maior do oceano, em águas antárticas, deveria ser motivo de alegria. Para os cientistas, no entanto, a expansão do hábitat desse animal é uma dor-de-cabeça: ela sinaliza que o aquecimento global já começou a ameaçar de morte um dos ecossistemas marinhos mais singulares do planeta.”
“... os mares mais quentes, na península Antártica, estão atraindo predadores que até então não existiam ali, como o “centolla”. Os tubarões e as arraias podem ser os próximos ...”
“Os caranguejos-gigantes vivem a mais de 2.000 metros de profundidade e são especializados em romper as carapaças de estrelas-do-mar e moluscos. Mas esses crustáceos não toleram o frio extremo. Águas muito geladas tornam esses animais incapazes de regular a quantidade de magnésio no seu sangue, o que faz com que eles morram envenenados. Como na Antártica as águas rasas são mais frias que as profundas, os caranguejos-gigantes nunca haviam cruzado a fossa oceânica que separa o continente branco da América do Sul.”
“No ano passado nós encontramos uma espécie vivendo a 1.100 metros de profundidade”, disse Sven Thatje, ecólogo marinho da Universidade de Southampton, Reino Unido. A projeção de Thatje e colegas é que nos próximos 50 anos o oceano Austral, que circunda a Antártida, assistirá uma invasão de predadores que deve dizimar a fauna local. Mudando um dos últimos ecossistemas relativamente intocados dos mares ...”
FOLHA DE S. PAULO, São Paulo, 26 fev. 2008. Ciência. [Adaptado].

De acordo com a projeção acima, qual rota representa a migração dos caranguejos descrita no texto?