Cabra da peste
Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas nunca esmorece, procura vencê,
Da terra adorada, que a bela caboca
De riso na boca zomba no sofrê.
Não nego meu sangue, não nego meu nome,
Olho para fome e pergunto: o que há?
Eu sou brasilêro fio do Nordeste,
Sou cabra da peste, sou do Ceará.
Tem munta beleza minha boa terra,
Derne o vale à serra, da serra ao sertão.
Por ela eu me acabo, dou a própria vida,
É terra querida do meu coração.
ASSARÉ, Patativa do. Cabra da peste. Disponível em: <http://patativa.gnumerica.org/sito/poesie/03.php>. Acesso em: 13 maio 2018 (adaptado).
No trecho “Eu sou brasilêro [brasileiro] fio do Nordeste” (linha 7), o termo sublinhado foi formado pelo mesmo processo de derivação que