

Canção do Exílio
(...)
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
(Antônio Gonçalves Dias, Primeiros Cantos)
Nas histórias em quadrinhos, geralmente, os balõezinhos contêm os diálogos, falas e monólogos interiores dos personagens. Entre os personagens de Maurício de Sousa, destaca-se o garoto Cebolinha, conhecido por trocar o som do “r” pelo do “l”, como fazem muitas crianças. No primeiro e terceiro quadrinhos da primeira tirinha, os balõezinhos, colocados acima da cabeça de Cebolinha, encontram-se vazios. Considerando o contexto, e, inclusive, o último quadrinho, pode-se interpretar que: