Questão
Simulado ENEM
2021
Fase Única
VER HISTÓRICO DE RESPOSTAS
Como-e-dificil-jogar187f25186c1
Como é difícil jogar coisas fora! Mais fácil acumulá-las em gavetas, guardar em caixas ou caixinhas, meter em envelopes, enfiar em pastas, arquivar no computador ou esquecer no celular. 

Como esquilos, somos acumuladores. E ao morrer, quanto trabalho damos a quem fica. Coisas não são apenas coisas. Cada objeto de que não conseguimos nos desfazer está envolto em espessa rede da memória, não é objeto solitário, faz parte de um conjunto. Jogá-lo fora significa desfazer a harmonia do conjunto, tirar uma peça do puzzle, que ficaria para sempre incompleto.  

Quantas vezes hesitamos por instantes, um olho já posto na cesta de lixo, um recibo ou anotação na mão. Depois abrimos caixa ou gaveta, mesmo sabendo que quando, e se, precisarmos daquele papel teremos esquecido onde o guardamos, e desistimos da cesta de lixo. 

Eu, pelo menos, sou assim. E sei que tenho abundante companhia.

(Disponível em: https://www.marinacolasanti.com/2021/02/a-dificil-arte-de-jogar-fora.html Acesso em 21 de abril de 2021) 

Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica, a função da linguagem predominante é a emotiva ou expressiva, pois:
A
o discurso do enunciador tem como foco o próprio código.
B
a subjetividade do enunciador consolida a interpretação do que está sendo dito.
C
o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem.
D
o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais.
E
o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação.