Considere o gráfico e a tabela abaixo, bem como o excerto do estudo do sociólogo Pedro Ferreira de Souza sobre a concentração de renda no Brasil.
Em condições minimamente democráticas, a concentração no topo apresenta forte caráter inercial, pois os mais ricos dispõem de recursos políticos e econômicos que facilitam sua organização em grupos capazes de exercer poder de veto ou barganhar em posições vantajosas. Com isso, a redução prolongada da desigualdade via reformas graduais e duradouras tem grande dificuldade de sair do papel. Ao mesmo tempo, o próprio jogo democrático e o perigo de desorganização social tornam altamente improvável a adoção de medidas mais radicais e imediatas.
FERREIRA DE SOUZA, Pedro H. G. Uma história da desigualdade: a concentração de renda entre os ricos, 1926-2013. São Paulo: Hucitec Anpocs, 2018. p. 377.
A partir da análise do gráfico, da tabela, da história das relações econômicas e do texto da página anterior, é correto afirmar que:
01. o capitalismo é um sistema social e econômico presente desde os tempos do Império Romano, quando as mercadorias circulavam livremente pelos territórios conquistados sem os entraves da burocracia estatal.
02. segundo a teoria de Thomas Malthus, pensador liberal inglês, a Revolução Industrial permitiria uma grande produção de alimentos a baixo custo, tendo como consequência o fim da fome no mundo em poucas décadas.
04. as classes médias e baixas no Brasil conseguiram reduzir de maneira duradoura a tendência à concentração de renda, porque foram capazes de obter posições mais vantajosas no jogo democrático.
08. Adam Smith, considerado um dos pais do liberalismo econômico, defendia a divisão do trabalho e a livre circulação de mercadorias; no entanto, apregoava que poderia haver interferências do Estado na economia a fim de prevenir a injustiça e a opressão e incentivar a educação.
16. o aumento da desigualdade no mundo, conforme exemplificado no gráfico, demonstra que os mecanismos de poder que favorecem os mais ricos não se limitam ao Brasil.
32. a produção econômica acelerada de bens de consumo e de alimentos resultante da Revolução Industrial contribuiu para a diminuição de desigualdades no mundo nos últimos dois séculos.
64. a tabela demonstra que a parcela mais rica da população possui mais riqueza que os 90% mais pobres do mundo, cerca de 7,2 bilhões de pessoas.