Considere o texto a seguir.
Jean Delumeau, em sua obra História do medo no ocidente 1300-1800: uma cidade sitiada, escreve acerca da peste negra no continente europeu:
“Até o final do século XIX, ignoraram-se as causas da peste que a ciência de outrora atribuía à população do ar, ela própria ocasionada seja por funestas conjunções astrais, seja por emanações pútridas vindas do solo ou do subsolo. Daí as precauções, aos nossos olhos inúteis, quanto se aspergia com vinagre cartas e moedas, quando se acendiam fogueiras purificadoras nas encruzilhadas de uma cidade contaminada, quando se desinfetavam indivíduos, roupas velhas e casas por meio de perfumes violentos e de enxofre, quando se saía para a rua em período de contágio com uma máscara em forma de cabeça de pássaro cujo bico era preenchido com substâncias odoríferas.”
DELUMEAU, Jean. História do medo no ocidente 1300-1800: uma cidade sitiada. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 159.
Podemos deduzir por meio do texto e da história da Baixa Idade Média que