Considere o texto de Clarice Lispector
Diálogo do desconhecido
– Posso dizer tudo?
– Pode.
– Você compreenderia?
– Compreenderia. Eu sei de muito pouco. Mas tenho a meu favor tudo o que não sei e – por ser um campo virgem – está livre de preconceitos. Tudo o que não sei é a minha parte maior e melhor: é a minha largueza. É com ela que eu compreenderia tudo. Tudo o que não sei é que constitui a minha verdade.
(Aprendendo a viver, 2013.)
Da leitura da última fala do diálogo, depreende-se que: