Questão
Universidade Federal Fluminense - UFF
2004
1ª Fase
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Construído no século XIX, o Canal de Suez, um dos maiores símbolos da dominação ocidental na África sob a égide do Imperialismo, localizado em terras do Egito, pertencia a capitais privados franceses e ingleses. A história de sua construção demonstra clara diferenciação entre os países expansionistas e os dominados. Mais que dois mares, liga dois mundos diferentes social, econômica e politicamente. Em 1956, com a nacionalização do Canal de Suez pelo governo egípcio, dirigido por Gamal Abdel Nasser, iniciou-se um conflito entre o Egito, de um lado, e Israel, Inglaterra e França, do outro. A atuação desses dois últimos países foi a última tentativa de expansão colonialista do século XX. Ao fim da guerra, com a intervenção diplomática dos Estados Unidos e da União Soviética, o Egito passou a controlar o canal e Nasser se afirmou como o grande líder da região.

A crise de Suez é marcada por diversos fatores dentre os quais pode-se apontar:
A
a tendência radical muçulmana, identificada com o multiculturalismo, denominada xiismo;
B
o fim da República Árabe Unida, com o fracasso da tentativa de unificação dos povos árabes;
C
a política de alinhamento, surgida na Conferência de Bandung, na Indonésia, como afirmação da hegemonia norte-americana;
D
a Guerra Fria, que marcou a disputa entre Estados Unidos e União Soviética e o declínio econômico e político da Europa , após a Segunda Guerra Mundial;
E
a política da OPEP (Organização dos Países Produtores de Petróleo), elevando os preços do produto, vinculando-os ao apoio desses países aos árabes e promovendo o isolamento de Israel.