Contaram-me que, no fundo do sertão de Goiás, numa localidade de cujo nome não estou certo, mas acho que é Porangatu, que fica perto do rio de Ouro e da serra de Santa Luzia, ao sul da serra Azul – mas também pode ser Uruaçu, junto do rio das Almas e da serra de Passa Três (minha memória é traiçoeira e fraca; eu esqueço os nomes das vilas e a fisionomia dos irmãos; esqueço os mandamentos e as cartas e até a amada que amei com paixão) – mas me contaram que em Goiás, nessa povoação de poucas almas, (...) tem – coisa bela e espantosa – um grande sino de ouro.

(Rubem Braga. “O sino de ouro”. Os melhores contos de Rubem Braga. Seleção de Davi Arrigucci Jr. São Paulo: Global, 1985. p. 131)
A economia e o território no século XVIII

A coisa bela e espantosa mencionada no texto está associada à expansão da atividade econômica que, de acordo com o mapa,