Denomina-se variação linguística os diversos usos que os falantes fazem de uma mesma língua. Segundo Antunes (2009), essas diferentes formas que a língua assumem, dentro de uma sociedade, é decorrente da indissociabilidade de quatro realidades, que são: língua, cultura, identidade e povo. Portanto, considera-se a língua o reflexo da trajetória histórica de uma sociedade.
No Brasil, a utilização diferenciada do português é ocasionada, principalmente, pela vasta extensão territorial, gerando as diferenças regionais, e pela desigualdade social, relacionada com a distinção entre variedade não-padrão e a norma culta (BAGNO, 2007).
É comum ocorrer tanto na sociedade como no âmbito escolar o desprestígio das variedades que não atendem à padronização da língua. Segundo Bortoni-Ricardo (2000), o ensino da língua na escola é norteado por questões culturais, visando fortalecer o uso da linguagem prestigiada pela sociedade, enfatizando, dessa forma, o ensino da gramática normativa.
Quando a escola se detém somente ao ensino da língua considerada padrão, ela julga ser erro o que se distancia dessa referência, desvalorizando as demais variedades da língua, e consequentemente os seus falantes. Sendo assim, a instituição escolar passa a desconsiderar, pelo menos na área da linguística, as variações culturais e sociais.
(Disponível em: http://www.petpedagogia.ufba.br/variacao-linguistica-uma-realidadepresente-nas-escolas Acesso em 20 de agosto de 2021)
Considerando a perspectiva apresentada pelo texto, conclui-se que