Questão
Fundação Getúlio Vargas - FGV
2022
Fase Única
VER HISTÓRICO DE RESPOSTAS
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Duas serpentes de 24 metros de comprimento flutuam na lagoa do Parque Ibirapuera em posição de ataque, “prontas para dar um bote em Pedro Álvares Cabral”, diz o artista Jaider Esbell, referindo-se ao monumento da outra margem do lago. A obra representa o ser fantástico Îkîimî, que atravessa vários mundos e que não tem começo e nem fim.

“Convido as culturas originárias que já perderam sua língua pela colonização a redescobrir o seu próprio idioma. Nós, povos indígenas, nos defendemos de todas as formas, e agora chegamos no campo da arte com argumentos elaborados para tratar destas questões.

O artista nasceu na área demarcada como Terra Indígena Raposa Serra do Sol (Roraima) e é um nome importante da arte indígena contemporânea.

Adaptado de Instagram: @bienalsaopaulo, post de 04/09/2021.


Com base no texto e na imagem, pode-se afirmar que, ao posicionar sua obra no lago do Parque Ibirapuera, o artista
A
produziu um ato iconoclasta de apagamento, equivalente à derrubada ou depredação de monumentos de figuras históricas consideradas opressoras.
B
combinou recursos gráficos e narrativas cosmogônicas indígenas para criticar a cultura hegemônica, com uma intervenção artística inscrita no espaço público urbano.
C
submeteu a cultura indígena aos parâmetros da arte ocidental, seja usando a técnica da pintura e da escultura, seja usando as formas de exposição pública.
D
propôs um revisionismo histórico, ao substituir as marcas urbanísticas do colonialismo por monumentos que enalteçam o artesanato e a cultura dos povos originários.
E
apresentou narrativas e imagens indígenas para que os sobreviventes dos povos nativos possam conhecer e se orgulhar da própria história.