
É bom recordar, porém, que mesmo antes da explosão da pandemia a realidade cotidiana do labor já vinha expressando um inteiramente outro: pejotização, trabalho intermitente, subocupação, subutilização, infoproletariado, cibertariado, escravidão digital, professor delivery, frila fixo, precári@s inflexíveis etc., terminologia essa que, com tom irônico e crítico, se originou da própria lavra do trabalho. É por isso que uberização tem hoje o mesmo traço pejorativo que walmartização ostentou quando se falava das condições de trabalho nos hipermercados.
(ANTUNES, Ricardo. O laboratório e a experimentação do trabalho na pandemia do capital. Le Monde Diplomatique – Brasil. Edição 155. 1/jun/2020. Disponível em: https://diplomatique.org.br/o-laboratorio-e-a-experimentacao-do-trabalho-na-pandemia-do-capital/. Acesso em: 18/06/2020)
A partir da charge estampada na capa do livro e do trecho do artigo do professor Ricardo Antunes, considerando-se a dinâmica entre tecnologia e organização do trabalho, é possível concluir que