É crucial entender que a revolução da Inteligência Artificial (IA) não envolve apenas tornar os computadores mais rápidos e mais inteligentes. [...] Quanto mais compreendemos os mecanismos bioquímicos que sustentam as emoções, os desejos e as escolhas humanas, melhores podem se tornar os computadores na análise do comportamento humano, na previsão de decisões humanas, e na substituição de motoristas, profissionais de finanças e advogados humanos. [...]
E a IA não só está em posição de hackear humanos e superá-los no que eram, até agora, habilidades exclusivamente humanas. Ela também usufrui de modo exclusivo de habilidades não humanas, o que torna a diferença entre a IA e um trabalhador humano uma questão qualitativa e não apenas quantitativa. Duas habilidades não humanas especialmente importantes da IA são a conectividade e a capacidade de atualização.
(Yuval Noah Harari. 21 lições para o século 21, 2018.)
Ao discutir a revolução da IA nas sociedades contemporâneas, o autor aponta para