É logo cedo quando o medo vem pra me lembrar
Que é dia de trabalho!
Nó na garganta o galo canta e lá vou eu dançar
Atrás de quê?
Salário!
Eu penso na fuga mas logo me afogo outra vez
Nesse meu calvário!
Levanta, sacode a carcaça que a dança não pode parar!
Dando corda nessa estúpida engrenagem
(Trabalha!) Que espreme e esgota
A força que te põe de pé
(Trabalha!) Aniquilando o que é humano
O que é coragem
O que há de errado? O que será? O que que é?
Toda fachada esconde a mesma humilhação
(Trabalha!) Terra arrasada onde se arrasta a multidão
Vem que tá na hora, não enrola, não demora
Para não ficar de fora da fila do sacrifício
(Trecho de O drama da humana manada, El Efecto)
O texto faz referência, de maneira crítica, a um dado frequentemente discutido na sociedade contemporânea, pensando