É preciso “fazer o bolo crescer, para depois dividi-lo”. A frase foi atribuída ao ministro da Fazenda, Antonio Delfim Neto, um dos formuladores do chamado “milagre econômico”, ocorrido entre os anos de 1967 e 1973. Durante o regime ditatorial brasileiro, a economia se expandiu de modo acelerado e sem precedentes na história do país. Nesse período, o Produto Interno Bruto (PIB) subiu a média anual de 10,9% de 1968 a 1974. Esse crescimento econômico proporcionou o aumento do poder aquisitivo de grande parte do empresariado e da classe média, ampliando o poder de consumo para esses setores.
Ainda assim, o presidente Emílio Garrastazu Médici declarou “A economia vai bem, mas o povo vai mal” (Jornal do Brasil, 11 de março de 1970). Segundo o historiador Boris Fausto, “O PIB é um bom indicador do estado geral da economia, mas, seja em números brutos, seja em números per capita, não exprime a distribuição de renda”. (FAUSTO, Boris. História do Brasil. Edusp: São Paulo, 1995, p. 486).
a) Explique duas medidas econômicas que impulsionaram o crescimento da economia na ditadura militar.
b) Cite dois aspectos negativos provocados pelo “milagre econômico”.