Entre as várias técnicas do yoga, os exercícios respiratórios (Pránayáma) parecem ser os que exercem maior influência nos estados de humor, justamente pela notória relação das emoções com a respiração. A regulação respiratória depende de uma série de mecanismos involuntários, podendo ser realizada sem a interferência do controle voluntário. Assim, as características da respiração se ajustam de acordo com as emoções. Entretanto, é possível alterar voluntariamente seu ritmo, frequência e profundidade. As técnicas respiratórias orientam justamente esse controle voluntário, exercendo influência em mecanismos involuntários que regulam a respiração e o sistema cardiovascular, podendo modular a interação entre sistema nervoso simpático e parassimpático e, consequentemente, o eixo HPHPA. Esses exercícios ativam o sistema nervoso autônomo com a finalidade de inibir o sistema simpático e estimular o sistema parassimpático.
Com a prática dos exercícios propostos pelo yoga, os quimiorreceptores sensíveis à elevação de CO2, localizados no centro respiratório do cérebro (no tronco cerebral), começam a responder menos a esse aumento durante a expiração, de modo que o indivíduo consegue expirar mais prolongadamente, reduzindo a frequência cardíaca. As técnicas têm como finalidade prolongar a expiração e valorizar a retenção de ar. Esse princípio conduz a um treinamento tão forte do SNA que ocorre um aumento das variações da frequência cardíaca, mesmo quando o indivíduo não está praticando, pois o padrão respiratório involuntário é profundamente alterado. Essas pesquisas talvez expliquem por que os praticantes de ioga sejam menos propensos a desenvolver transtornos de ansiedade e de humor e respondam melhor às alterações emocionais negativas.
Uol, setembro de 2009. Disponível em: <https://tinyurl.com/y6a9ste5>. Acesso em: 1º mai.2019.
Assinale a alternativa em que a oração destacada expressa ideia de consequência: