Era 1588 e as coisas não iam bem na Inglaterra. Do modo como as coisas estavam, o povo uniu-se para enfrentar a tempestade da Invencível Armada. A quantidade de navios nas duas esquadras rivais, comandadas por Howard e Sidónia não era desproporcionada. Os ingleses, combinando a Royal Navy com os navios mercantes armados, detinham grande supremacia no número de bocas de fogo bem como nas qualidades marinheiras e artilheiras, enquanto os espanhóis eram superiores na tonelagem dos navios e no número de soldados que apinhavam os conveses, os mosqueteiros à frente dos lanceiros, esperando em vão que o inimigo se aproximasse de acordo com as arcaicas regras do combate naval. Mas, como os ingleses preferiam enveredar por um duelo entre a artilharia e a infantaria a uma distância escolhida pela primeira, não admira que os espanhóis tenham sofrido um castigo terrível depois de entrarem no Canal da Mancha.
(G. M. Trevelyan. História concisa de Inglaterra, vol. I)
O cenário que o texto descreve contribuiu para: