Questão
Simulado ENEM
2020
Fase Única
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Essa visão do coronelismo distingue-o da noção de mandonismo. Este talvez seja o conceito que mais se aproxime do de caciquismo na literatura hispano-americana. Refere-se à existência local de estruturas oligárquicas e personalizadas de poder. O mandão, o potentado, o chefe, ou mesmo o coronel como indivíduo, é aquele que, em função do controle de algum recurso estratégico, em geral a posse da terra, exerce sobre a população um domínio pessoal e arbitrário que a impede de ter livre acesso ao mercado e à sociedade política. O mandonismo não é um sistema, como o coronelismo, é uma característica da política tradicional. Existe desde o início da colonização e sobrevive ainda hoje em regiões isoladas. A tendência é que desapareça completamente à medida que os direitos civis e políticos alcancem todos os cidadãos. A história do mandonismo confunde-se com a história da formação da cidadania. 

CARVALHO, José Murilo de. Mandonismo, Coronelismo, Clientelismo: Uma Discussão Conceitual. Revista Dados, Rio de Janeiro, V. 40, n. 2, p., 1997

A cultura do privilégio se relaciona com o mandonismo porque:
A
A cultura do privilégio é um sistema de valores que desconsidera a igualdade jurídica entre os indivíduos, mas mantém o nivelamento entre classes sociais.
B
A cultura do privilégio é uma prática cultural caracterizada por um poder pessoal exercido por alguém que detém algum recurso e que o usa para colocar-se em posição superior àqueles que não possuem tal recurso.
C
O mandonismo é um sistema que integra o poder local ao poder federal, gerando uma hierarquia de privilégios definida pela proximidade maior ou menor com o centro do poder.
D
A cultura do privilégio é um comportamento cultural recente, diferentemente do mandonismo, e, por isso, reflete nosso atual sistema de proteção de direitos civis.
E
A cultura do privilégio é o comportamento que impossibilita o funcionamento do sistema de mando local.