“Este comércio de carne humana é, pois, um cancro que corrói as entranhas do Brasil (...) Torno a dizer, porém, que eu não desejo ver abolida de repente a escravidão; tal acontecimento traria consigo grandes males”.
José Bonifácio, 1823.
“Como é sabido, no Brasil, a abolição tardou, só se concretizando após longa e dolorosa agonia (...). Tão longo e socialmente penoso foi o processo de abolição que, aos contemporâneos (...), parecia que não viria nunca”.
Maria Helena Machado.
“ ‘Teremos grandes desastres, se não houver providências enérgicas e imediatas’: a rebeldia dos escravos e a abolição da escravidão”.
In: Keila Grinberg e Ricardo Salles (orgs.). O Brasil Imperial, v.III (1870-1889). São Paulo: Civilização Brasileira, 2009, p.369
Considerando os trechos acima, conclui-se, corretamente, que uma das explicações para a tardia abolição da escravidão, no Brasil, deveu-se