Examine o trecho do Sermão do Espírito Santo (1657) do padre Antônio Vieira, importante jesuíta do século XVII.
Há outras nações [povos indígenas] – e estas são as do Brasil – que recebem tudo o que lhes ensinam, com grande docilidade e facilidade, sem argumentar, sem replicar, sem duvidar, sem resistir; mas são estátuas de murta [espécie de arbusto] que, em levantando a mão e a tesoura o jardineiro, logo perdem a nova figura, e tornam à bruteza antiga e natural, e a ser mato como dantes eram.
(Apud Karl Arenz. “Mão de obra da fé”. Revista de História da Biblioteca Nacional, janeiro de 2015. Adaptado.)
Ao refletir sobre a conversão dos nativos, Vieira