Fósseis, que são vestígios de organismos, servem como indicadores do processo evolutivo da vida na Terra. O processo mais utilizado para a datação de fósseis é aquele em que se utiliza o decaimento radioativo do isótopo carbono-14. Os nêutrons gerados pela radiação cósmica reagem com o nitrogênio atmosférico, produzindo, continuamente, carbono-14 e um próton, conforme a equação abaixo.



Os átomos de
, recém-formados, cujo tempo de meia-vida é de 5.730 anos, combinam-se com átomos de oxigênio da atmosfera para formar gás carbônico —
—, que é incorporado aos seres vivos por meio da fotossíntese, entrando, assim, na cadeia alimentar. O carbono-12 decai continuamente, restabelecendo o
e gerando uma partícula 𝛽, conforme a equação seguinte.




A incorporação do carbono-12 pelos organismos cessa com a morte dos organismos, porém o decaimento radioativo desse isótopo continua, diminuindo continuamente a proporção de
em relação ao isótopo estável
ou ao
. O método de datação do carbono- 14 consiste em medir-se a proporção de um dos isótopos
e
em relação ao isótopo
. Comparando-se essas proporções com as encontradas na atmosfera, é possível estimar, com bastante precisão, o tempo transcorrido a partir da morte de um organismo.






Considerando as informações do texto, julgue o item seguinte.
Considere que, em um fóssil encontrado em um sítio arqueológico, a razão entre a quantidade de átomos de
e a quantidade de átomos de
seja inferior a 0,1% da encontrada nos seres vivos. Nesse caso, é correto concluir que esse fóssil tem mais de 50.000 anos.

