Questão
Universidade de Taubaté - UNITAU
2020
1ª Fase
VER HISTÓRICO DE RESPOSTAS
Frontispicio-edica1370998a7e3

Frontispício da edição original do Leviatã (1651)Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Leviat%C3%A3_(livro)

“[...] os pactos sem a espada não passam de palavras, sem força para dar qualquer segurança a ninguém. Portanto, apesar das leis de natureza (que cada um respeita quando tem vontade de respeitá-las e quando pode fazê-lo com segurança), se não for instituído um poder suficientemente grande para nossa segurança, cada um confiará, e poderá legitimamente confiar, apenas em sua própria força e capacidade, como proteção contra todos os outros”. 

HOBBES, Thomas. Leviatã. Cap. XVII. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 103.

O Absolutismo formulou justificativas teóricas, como a do filósofo político inglês Thomas Hobbes, apresentada acima, que deram o respaldo necessário para que as monarquias europeias tivessem seu poderio legitimado política e historicamente. 

Sobre essa forma de poder político que predominou na Europa durante os séculos XVI a XVIII, é CORRETO afirmar:
A
Em toda a Europa, o Absolutismo implantou um Estado resultante da articulação entre nobreza fundiária e monarquia dinástica, cuja autoridade agia no ápice da pirâmide de poder, mas não tinha poder na base, na estrutura dos direitos feudais.
B
A monarquia absolutista foi uma forma de monarquia feudal em que a classe dominante permaneceu a mesma, e a principal função do rei era militar, ou seja, a de mobilizar os exércitos, caso fosse necessário lutar contra algum tipo de invasão.
C
A recuperação e a difusão, no Ocidente, do Direito Romano tiveram grande influência nos Estados absolutistas, porque apresentavam uma concepção de 
soberania que reforçava a dominação da classe feudal tradicional.
D
Contou com expresso apoio da burguesia local, pois, com a presença de um Estado centralizado, seria possível implementar uma série de padrões monetários e fiscais que permitiriam a ampliação das atividades comerciais.
E
O absolutismo monárquico rejeitou a natureza religiosa do poder político para defender a necessidade de um organismo político laico, afirmando a racionalidade do Estado Moderno, no qual as leis e as ordens eram estabelecidas pelo rei, e não por desígnios de natureza sagrada.