Getúlio Vargas fez do nacionalismo econômico um instrumento de mobilização popular. Um exemplo emblemático do impacto popular do nacionalismo foi a mobilização em defesa do monopólio estatal do petróleo. A campanha, cujo lema era “o petróleo é nosso” e teve alcance nacional, nasceu da iniciativa do governo propondo a criação da Petrobras e se estendeu até 1953.
Perón, por seu turno, renunciava a alguns lemas nacionalistas, incluindo o do monopólio do petróleo. Em 1955, o governo Perón tomou uma iniciativa mais ambiciosa e politicamente mais arriscada, dada a sensibilidade da opinião pública e dos quadros do peronismo quanto a essa questão: assinou um contrato de exploração de petróleo com a companhia petrolífera norte-americana Standard Oil, no intuito de aumentar a produção nacional de combustíveis e reduzir o peso de sua importação na balança comercial.
(Boris Fausto e Fernando J. Devoto. Brasil e Argentina: um ensaio de história comparada (1850-2002), 2004. Adaptado.)
A campanha no Brasil “o petróleo é nosso” e o contrato da Argentina citado no excerto representam estratégias de