Gregório de Matos, conhecido como Boca do Inferno, desenvolveu uma poética que transita por diferentes temas, desde o religioso até o erótico e o satírico. Levou uma vida boêmia e morreu aos 59 anos em decorrência de uma febre contraída em Angola. No romance Boca do Inferno, Ana Miranda transforma Gregório de Matos em personagem literária, aborda questões de saúde pública da época e tece críticas sociais ao Brasil colonial do século XVII, como se pode verificar no excerto a seguir.
Fonte: MIRANDA, A. Boca do inferno. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 09. (Adaptado).
“Esta cidade acabou-se”, pensou Gregório de Matos, olhando pela janela do sobrado do terreiro de Jesus. “Não é mais a Bahia. Antigamente havia muito respeito. Hoje, até dentro da praça, nas barbas da infantaria, nas bochechas dos granachas, na frente da forca fazem assaltos à vista”.
Fonte: WISNIK, J. M. (org.) Poemas escolhidos de Gregório de Matos. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 286, 178, 33, 264 e 267. (Adaptado).
Com base no excerto e na produção literária do autor, assinale a alternativa que apresenta um fragmento da poesia satírica do Boca do Inferno.