HISTÓRIAS PARA NINAR GENTE GRANDE
Brasil, meu nego
Deixa eu te contar
A história que a história não conta
O avesso do mesmo lugar
Na luta é que a gente se encontra
Brasil, meu dengo
A Mangueira chegou
Com versos que o livro apagou
Desde 1500
Tem mais invasão do que descobrimento
Tem sangue retinto pisado
Atrás do herói emoldurado
Mulheres, tamoios, mulatos
Eu quero um país que não está no retrato
(...)
Salve os caboclos de julho
Quem foi de aço nos anos de chumbo
Brasil, chegou a vez
De ouvir as Marias, Mahins, Marielles,
malês
(...)
Tomaz Miranda / Ronie Oliveira / Márcio Bola / Mamá / Deivid Domênico / Danilo Firmino
letras.mus.br
A geografia com foco na matriz africana resgata um “Brasil invisível”, ou seja, povos e territórios que existiram e se mantêm sobreviventes, mas de uma maneira não oficial na sua plenitude. Essa “geografia da exclusão e do conflito” deve ser questionada por meio de outras leituras e representações do espaço geográfico, em que a África existente-resistente no Brasil seja considerada devidamente.
Adaptado de ANJOS, Rafael S. A. dos. Diversidade étnica no Brasil invisível-visível.
Em: SUERTEGARAY, Dirce M. A. e outros. (Orgs.) Geografia e conjuntura brasileira. Rio de Janeiro: Consequência, 2017.
Nos últimos anos, arte e ciência têm caminhado juntas no sentido de dar visibilidade à presença e à contribuição de povos de origem africana no Brasil. Como assinalam os textos acima, há muito caminho a percorrer para reverter o processo que torna esses povos invisíveis através de uma “verdade oficial”.
Cite duas ações que a sociedade e o Estado brasileiros devem implementar para dar visibilidade aos povos de origem africana.