[...]
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada –
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser... [...]
(Fernando Pessoa. O que há. In.: Poesia de Álvaro Campos. São Paulo: FTD, 1992)
Sobre os versos de Álvaro de Campos, um dos heterônimos de Fernando Pessoa, pode-se afirmar que