Homens do sertão, obcecados na mentalidade das reações cruentas, não convocavam as derradeiras energias num arranque selvagem.
A história das secas era uma história de passividades. Limitavam-se a fitar os olhos terríveis nos seus ofensores. Outros ronronavam. Como se estivessem engolindo golfadas de ódio.
E nas terras copiosas, que lhes denegavam as promessas vistoriadas, goravam seus sonhos de redenção.
Dagoberto olhava por olhar, indiferente a essa tragédia viva.
A seca representava a valorização da safra. Os senhores de engenho, de uma avidez vã, refaziam-se da depreciação dos tempos normais à custa da desgraça periódica.
(José Américo de Almeida. A Bagaceira.)
O texto de José Américo é lançado em 1928, versando, como se pode perceber, sobre a seca. Essa temática aproxima-se à produção de