I. Trecho de “O poeta na última hora da sua vida” (Gregório de Matos)
“Meu Deus, que estais pendente em um madeiro,
Em cuja lei protesto de viver,
Em cuja santa lei hei de morrer
Animoso, constante, firme e inteiro.”
II. Trecho de “Marília de Dirceu” (Tomás Antônio Gonzaga)
“Depois que nos ferir a mão da morte,
Ou seja neste monte, ou noutra serra,
Nossos corpos terão, terão a sorte
De consumir os dois a mesma terra.
Na campa, rodeada de ciprestes,
Lerão estas palavras os pastores:
‘Quem quiser ser feliz nos seus amores,
Siga os exemplos que nos deram estes’”.
No que se refere aos autores dos trechos apresentados, ana- lise as afirmações.
I - Gregório de Matos Guerra, alcunhado de Boca do Inferno, foi advogado e poeta no Brasil Colônia. É considerado um dos maiores poetas do Barroco em Portugal e no Brasil e o mais importante poeta satírico da literatura em seu tempo.
II - Tomás Antônio Gonzaga, cujo nome adotado no Arcadismo é Dirceu, foi um jurista, poeta e ativista político da Inconfidência Mineira.
III - Gregório de Matos Guerra e Tomás Antônio Gonzaga são contemporâneos e suas obras são muito similares, pois abordam temas relacionados à vida, como religiosidade, amor, sofrimento da alma.
IV - Gregório de Matos Guerra é autor de poesias lírico-filosóficas, sacras, satíricas, eróticas e pornográficas. O escritor atacava o governo, os fidalgos e o clero.
V - A expressão em latim inutilia truncat, que significa “cortar o inútil”, inspira a evitar os exageros considerados inúteis para manter o equilíbrio, presente nas obras de Tomás Antônio Gonzaga.
É correto o que se afirma em