O Iêmen é um país situado geograficamente no norte do continente africano e sofre com a guerra civil e crise humanitária desde a queda do ditador Ali Abdullah Saleh, com os protestos da Primavera Árabe, em 2011.

O Iêmen está localizado no Golfo Pérsico e possuí a segunda maior bacia petrolífera do mundo, sendo alvo de disputas entre EUA, que financiam rebeldes para derrubar o atual presidente Abd Rabbuh Mansur Al-Hadi, e pela Rússia, que oferece apoio militar ao governo.

O Iêmen é estrategicamente importante, porque está no estreito de Bab-el-Mandeb, que faz ligação com a África e é rota de navios petroleiros. Dois grupos disputam o país: Os Huthi, apoiados pela Arábia Saudita e o movimento xiita Zaidita, apoiado pelo Irã. Além disso, muitas potências lucram indiretamente com a guerra iemenita: a coalizão saudita que bombardeia o Iêmen compra armas de países como Estados Unidos, Reino Unido e França.

Até 2015, o Iêmen possuía um IDH elevado, a qualidade de vida da população era considerada uma das melhores de todo Oriente Médio. Com o apoio financeiro dos petrodólares da Arábia Saudita, o país era tido como um oásis de desenvolvimento no Golfo Pérsico.

O número de refugiados Iemenitas é considerado pela ONU como o maior fluxo de pessoas fugidas de um país, superando a Síria. Grande parte dessa população desembarca em países como Itália e Grécia, utilizando a rota do mar Mediterrâneo, atravessando em embarcações clandestinas, gerenciada por traficantes de pessoas.